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terça-feira, 12 de maio de 2009

Vampirismo: proibido para menores de 10 anos


Mais uma vez os comentários do Fernando Luiz suscitam interessantes pontos esclarecedores sobre a temática vampírica que tanto apreciamos. Respondendo à minha postagem anterior, nosso visitante missivista aborda as causas prováveis da "desdraculização" e "desfaustização" do universo lítero-vampírico, por nós mencionadas no post "A Seara do Vampiro", trazendo novo enfoque, ainda não abordado neste blog.

Desse modo, até como forma de instigar os demais visitantes deste espaço a exporem suas idéias, reproduzimos, abaixo, os comentários do Fernando Luiz, como já fizeramos com seu comentário sobre a postagem de "Changes", do Black Sabbath.

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Olá Almir,
Eu entendi o que vc quiz dizer quando falou da "desdraculização" e "desfaustização" dos filmes de terror. O que eu, por outro lado, quis mostrar é que considero estas novas "faces" dos vampirismo, como True Blood, Moonlight, etc., como uma tentativa de, de certa forma, "pasteurizar" o mito do vampiro e adequá-lo aos dias atuais, com vistas a torná-lo mais atraente, até mesmo para faixas etárias mais precoces (grifos meus, Alborges). Veja o caso de Buffy e Angel, por exemplo. A verdade é que os três últimos filmes de peso em termos de vampirismo propriamente dito foram Drácula de Bram Stoker, Entrevista com o Vampiro e Vampiros de John Carpenter. Vampiro, em sua essência é maligno, cruel e impiedoso, não passa, ou dificilmente o faz, pela peregrinação culpa-expiação, à lá "Crime e Castigo" do imortal Dostoiévski. Lógico que os filmes "modernosos" de vampiro atuais (e séries) apresentam interessantes aspectos psicológicos (embora, em alguns casos, beirando o primarismo ridículo)e apresentam o vampiro em sua roupagem e comportamento atuais, isto é, sem a nobilidade esnobe de Drácula, mas mesmo assim, ficam longe das performances dos vampiros corriqueiros, dos quais nunca se sabe o que se pode esperar, ou melhor, se pode esperar tudo e mais um pouco. Mas gosto é gosto, não é mesmo?



Um comentário:

Fernando Luiz disse...

Já que o Almir vem colocando meus posts "à vista", o que acho muito bom, pois pode incitar outros visitantes/usuários do blog a participarem das discussões, não vou sentir vengonha em colocar um adendo ao meu próprio "texto" acima. Queria apenas acrescentar que ao contrário do que disse Almir ao fim de um de seus posts "De Nosferatu a Mick Saint-John e Edward Cullen... Não existem mais vampiros como antigamente! Drácula, aborrecido e confuso, balança a cabeça em desaprovação aos inusitados pupilos de hoje..." existem, sim, vampiros que são dignos pupilos de Drácula. O maior exemplo é o magnífico Lestat, de Entrevista... Além de toda a carga satírica, jocosa, cínica e depravada do personagem, a atuação excepcional de Tom Cruise deu um ímpeto ainda maior ao amoral vampiro, que se destaca frente aos outros personagens, como é o caso do "pupilo indigno" representado por Brad Pitt, que, a meu ver, parecia pouco confortável sob a maquiagem de cinema noir de seu personagem. Registre-se, ainda, a beleza de cobra coral, da pequena vampirinha interpretada pela ainda menina Kirsten Dunst, antes de a mesma rebolar bastante em "As Apimentadas" e cair na teia do Homem-aranha. Lestat simplesmente reduz todos os outros personagens a meros coadjuvantes para sua jornada hedônica pelas terras do sul norte-americano. O final do filme, quando ele "coopta" um novo "pupilo" na pessoa de Christian Slater, daria até esperança de uma continuação (com Pitt, Cruise e Banderas, claro), mas com o passar do tempo isso se mostra impossível. Infelizmente...