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quinta-feira, 22 de maio de 2008

Tears Dry on Their Own - Amy Winehouse (new clip)

Guess Who - Glamour Boy - Burton Cummings



Filmes de Terror: Zumbis

Estava vendo um outro blog e o pessoal estava discutindo filmes de terror. Mais especificamente, filmes de zumbis. Adoro o genero terror e gosto muito do estilo zumbi. Resident Evil e Madrugada dos Mortos são meus favoritos. Comentei lá com o pessoal : "Sem dúvida nenhuma, Madrugada dos Mortos se coloca no mesmo nível de qualidade de Resident Evil no estilo zombie-movie. Resident Evil leva vantagem da presença exuberante da Mila Jovovich e das cenas estilizadas de luta. Esta forte combinação rendeu 3 edições até o momento, sendo uma das sequências que mais faturou em todos os tempos. Gostei da adaptação do Felipe - um dos debatedores - 'zumbi bom é zumbi morto'."

segunda-feira, 19 de maio de 2008

A Guerra da Amazônia


Tenho manifestado, nos últimos anos, entre as pessoas que conheço, uma preocupação frequente com nossa forma de exploração e conservação da Floresta Amazônica. A continuar deste jeito e dependendo da evolução dos problemas ambientais em escala global, é muito provável que tenhamos de enfrentar, mais cedo ou mais tarde, uma guerra pela posse da Amazônia Brasileira. Obviamente, esta guerra envolverá, também, nossos vizinhos que compartilham a posse da Região Amazônica.
Esta guerra deverá ser encetada por um grupo de nações desenvolvidas, lideradas pelos Estados Unidos, ou por estes, isoladamente, caso não encontrem suporte entre os aliados mais frequentes. Os EUA dificilmente terão necessidade de agir completamente sozinhos, considerando a subserviência a Washington, sobejamente demonstrada pela Inglaterra, desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Apenas terão, provavelmente, de arcar com a maior parte dos custos, coisa com a qual já estão bem acostumados, se bem que seria interessante verificar como andará o déficit orçamentário americano, na época. Por outro lado, pode ser que os americanos prefiram ir à guerra sozinhos, já que certas guerras são melhor quando travadas isoladamente. A liberdade de ação é maior e a divulgação dos fatos fica mais fácil de controlar. Afinal, "a propaganda é a alma do negócio".
Alguns descrentes podem sorrir, balançar a cabeça em sinal de desaprovação ou de compreensão e comiseração: "pobre coitado, não está bem da cabeça. Que será que ele tem, hein?" Agradeço antecipadamente a preocupação, mas prefiro que deixem minha saúde comigo mesmo e confrontem meus argumentos com outros de igual força - ou fraqueza. Acontece simplesmente que, de umas duas décadas para cá, indícios dessa possibilidade estão visíveis em diversos lugares para quem quiser ver.
Amigos que viveram nos Estados Unidos dizem que nas escolas, quando o assunto envolve educação ambiental, as intervenções dos professores costumam conter observações do tipo: "os sul-americanos não têm nenhuma competência, não conseguem sequer cuidar direito da conservação da Floresta Amazônica. Por sua importância no contexto do equilíbrio ambiental global, talvez chegue o dia em que teremos de administrá-la nós mesmos". Essa é uma postura importante para se preparar, desde cedo, os soldados que futuramente lutarão pela "sobrevivência da humanidade" ou algo do genero. Não nos preocupemos demasiado com isso, o clichê virá, junto com os armamentos, e eles o fornecerão, prontinho, já na véspera.
Acho que ninguém duvida que os modos de pensar das elites política e econômica de uma nação vão sendo filtrados lenta e gradativamente por diversos canais e acabam influenciando a formação da opinião pública - me refiro aqui ao modo de pensar do povo de uma forma geral, não à caricatura apresentada pelos profissionais do marketing. Na escola, no ambiente de trabalho, nas declarações dos políticos e dos burocratas do serviço público, na ideologia que envolve qualquer instituição, se reflete a mentalidade dominante dentro da sociedade.
Não é de hoje que vemos, por exemplo, em filmes "B " - começando, provavelmente, com Robocop, na década de 1980 -, referências à uma forma de doença que aflige ex-combatentes americanos da "Guerra da Amazônia". Não recordo o nome dos outros filmes nos quais vi referências semelhantes, já que não eram filmes de qualidade maior, que justificassem o esforço de memória, além desta já não ser a mesma, claro. Mas, houve mais de um filme abordando a questão, ainda que de forma passageira e superficial. O que importa compreender é que os roteiristas que criam estas coisas não o fazem em um vácuo ideológico. Há todo um contexto cultural que aponta para uma probabilidade - ainda que pareça remota à época da formulação - e a uma certeza: a de que o país é um notório violador da soberania de outros povos e não se faz de rogado se considera isso importante aos seus interesses vitais.
De qualquer modo, antes que os esquerdistas de plantão aproveitem minhas palavras para ratificar a demonologia anti-americana, que fique bem claro que considero que nenhuma superpotência escapa desta tentação. Geoffrey Barraclough, em um ensaio sobre imperialismo, em fins da década de 1960, já exprimia o conceito de que toda nação que tem a oportunidade e os meios impõe-se pela força às mais fracas, na base do velho "a oportunidade faz o ladrão", considerando ideologias como desculpas esfarrapadas. Edmund Wilson, idem, usando da metáfora biológica do "organismo maior que engole o menor", dizia que por trás dos "elevados propósitos" , "bem maior" e das "nobres causas" jazia um ato de força do mais forte sobre o mais fraco.
O que importa ressaltar é que, quando você é exposto constante e repetidamente a um determinado conceito, ele acaba por se tornar mais "palatável", mais aceitável, por mais impopular que seja, a princípio. Não se trata de "lavagem cerebral", mas da sedimentação de determinados conceitos na corrente de pensamento de uma nação, numa época dada. Fato conhecido e amplamente explorado pelo Dr. Goebbels, de triste memória, o qual, pela forma exasperada de sua veiculação doutrinária, aproximou-se bastante da dita "lavagem".
Acontece que o cinema é uma das principais fontes de influência nas formas de pensar das massas. O mesmo ocorre com a televisão. Não é que exista uma conspiração envolvendo os estúdios de cinema, os "script writers" e os grandes canais de televisão. Estes apenas expressam conceitos que estão insertos dentro de uma cultura mais geral. Muitas das coisas que hoje são consideradas aceitáveis pela maioria das pessoas em todo o mundo tiveram como maiores veículos de divulgação o cinema e a televisão. Certamente, de uma coisa poucos duvidam, seja aqui, lá, ou no resto de mundo: que os Estados Unidos não se preocupam demasiado com a opinião dos demais quando acha que seus interesses estratégicos estão em jogo. Voltarei ao assunto, em breve, nas postagens subsequentes.