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sábado, 2 de maio de 2009

A Seara do Vampiro



Nunca o mito do vampiro foi tema de tantos livros - muitos dos quais se transformam em filmes ou séries de TV - como nos últimos 10 ou 12 anos. Mais impressionante ainda é a invasão, pelas mulheres, de um espaço - a seara do autor de histórias de vampiro -, em outros tempos, basicamente reservado aos homens. Vejamos: entre os diversos universos vampíricos criados, destacam-se, tanto pela boa qualidade relativa da obra, como pelo fato de atingirem as telas, a série de livros "Crepúsculo", de Stephenie Meyer e as "Sookie Stackhouse Stories", de Charlaine Harris. São milhões de fãs ao redor do mundo, conquistados, primeiramente, pelos livros e, posteriormente, pelo filme e pela série, respectivamente. As personagens de Bella Swan e Edward Cullen, por exemplo, formam, hoje, ao lado dos grandes pares românticos do cinema e TV (não falo da qualidade intrínseca do filme ou das performances dos atores, apenas da aceitação pelo imaginário popular). De igual modo, as "Southern Vampire Stories" (Histórias do Vampiro Sulino), mais especificamente, as "Sookie Stackhouse Stories" (Histórias de Sookie Stackhouse), de Harris, criaram, em "True Blood", um casal romântico que conquistou multidões. O ponto comum das histórias atuais de vampiros é a "desdraculização" e "desfaustização" do vampiro. O vampiro de nossos dias não é mais um humano que assina um pacto faustiano com o Demonio, como Drácula, entregando a alma em troca da vida eterna, nem transforma-se em morcego. Geralmente, o vampiro foi transformado por um antigo amor para que pudesse ficar com ele, ou vampirizado, à sua revelia, como o Bill Compton de "True Blood".
"True Blood", a série de TV - da HBO - derivada dos livros de Harris, é uma verdadeira febre mundial. Mas, nesta série, não é somente o aspecto do romance de uma mulher mortal com um vampiro bem apanhado e charmoso que chama a atenção, embora Bill Compton, interpretado por Stephen Moyer, logre realizar integralmente este aspecto, também. "True Blood" é cheio de coisas interessantes. O uso inteligente da discriminação contra os vampiros lançando reflexos sobre a questão da discriminação racial do Sul dos Estados Unidos é uma delas. Outra coisa muito explorada em "True Blood" é a sexualidade. À ambiência semi-tropical do Sul, cuja atmosfera de calor e lânguidez age como estímulo sexual natural, é acrescida a atratividade sexual que o perigo e o desconhecido exercem sobre os seres humanos. No caso específico da série, há muitas cenas de sexo entre humanos, mas também - e aí a novidade -, sexo entre humanos e vampiros, mais especificamente, entre mulheres humanas e vampiros. A atração das mulheres de "True Blood" pelos vampiros deriva da já mencionada atração pelo desconhecido e perigoso, como igualmente, pelo poder. Afinal, o vampiro aparece como um ser de força e resistência extraordinárias, em conjunção com a imortalidade, tão almejada pelos humanos. Na série, esta força e resistência dos vampiros, reflete-se, de igual modo, numa extraordinária libido que proporciona - aos humanos - uma surpreendente experiência sexual, jamais vivenciada antes. Um dos maiores problemas de nossa época é, definitivamente, a questão das drogas. A desesperança e o tédio ou os distúrbios de personalidade levam as pessoas às drogas como forma de esquecer, através do estupor permanente, as agruras de um mundo sobre o qual elas não têm controle e/ou que não podem suportar ou, ainda, pela busca - do tipo contra cultural e/ou hippie - de uma abertura da mente e uma espécie de integração junguiana no todo, o chamado "senso oceânico da vida". De forma semelhante à de algumas tribos indígenas das Américas, que ampliavam sua integração com o mundo e os deuses, através de alucinógenos naturais do tipo mescalina, peyote ou aquelas usadas pelas tribos da área Central e do Sul, cujos nomes desconheço. Em "True Blood", esta questão encontra um paralelo na ingestão do sangue de vampiro. O humano que bebe sangue de vampiro experimenta uma ampliação aguda dos sentidos e uma forma de integração "junguiana" à Natureza. Sob o efeito desta forma de "psicotrópico", o usuário percebe o mundo de forma diferente, sem os antolhos naturais que o nosso cérebro nos impõe, corpo e mente se integram dionisiacamente, além, claro, de experimentar um incremento da energia sexual... A essa altura, parece que já deu pra perceber que a temática sexual é um dos pontos centrais de "True Blood"... Mas, a questão não se resume a esse ângulo. Os usuários do "V", o sangue de vampiro, tornam-se rapidamente dependentes, exatamente como o usuário de drogas químicas torna-se dependente químico. Está aberto o caminho para o fundo do poço. Explica-se: o modo de vida à base de "V", não funciona, assim como o modo de vida hippie não era viável. O viciado em "V" vai, progressivamente, desistindo da vida, preferindo "curtir" o êxtase permanente, o sexo (enquanto pode) e o isolamento. Continuando nesse caminho, a falência e o perececimento por inanição e fome será inevitável. Por outro lado, em curto espaço de tempo como usuário, o vício já se estabelece e a abstinência leva a pessoa ao desespero. Como a "substância" é rara e de difícil aquisição, pois tem um custo altíssimo, - afinal, nenhum vampiro vende sangue como forma de ganhar dinheiro, como certos humanos; este tem de ser arrancado deles à força, levando-os à morte, já que o "extrator" do sangue não quer deixar nenhuma preciosa gota para trás, matando-os de inanição e fraqueza generalizada -, o que leva o usuário em desespero ao roubo de fornecedores e, às vezes, à caça e matança de vampiros para obtenção do produto. De um modo ou de outro, assim como a vida de um criminoso raramente é longa, a do viciado em "V" também não será. Os riscos são muito grandes: morrer pelos efeitos a médio prazo (auto-abandono e inanição), pelos traficantes do produto ou, ainda, e mais provável, por um vampiro em auto-defesa.
Nessa pequena exposição, aqueles que ainda não assistiram à primeira temporada, podem, provavelmente, perceber por que os apreciadores de "True Blood" são tão entusiastas. De fato, são tão fanáticos que, muitos deles, para poder dar fim à abstinência e usufruir logo de "True Blood" são capazes, talvez, até de matar...

Twilight-Pictures
Twilight New Moon Movie and Twilight Movie
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Outras autoras de destaque são Anne Rice ("Entrevista com o Vampiro"), Tania Huff (The Blood Books="Blood Ties"), Richelle Mead ("Vampire Academy"), Ellen Schreiber ("Vampire Kisses"), L. J Smith ("Vampire Diaries"), entre tantas. Na sequência, em outra oportunidade, estarei abordando outras "franquias" vampíricas, como "Blood Ties" e "Diários de Vampiro".

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Preços DVD + Informações Sobre a 1ª Temporada de True Blood

Mais Informações Sobre True Blood - 1

Mais Informações Sobre True Blood - 2

Mais Informações Sobre True Blood - 3

DVD + Informações Sobre Crepusculo


2 comentários:

Fernando Luiz disse...

Olá Al!
Embora concorde com vc em alguns pontos da análise sobre vampiros, devo discordar em alguns aspectos referentes à desdraculização mencionada no seu post. A desdraculização não se dá devido ao fim do mito faustiano e, por que não?, prometéico do Conde Drácula. O velho Conde é uma figura luciferina, no sentido de "carregar a luz", ao nos fazer refletir sobre o lado negro que habita dentro de nós! O problema é que, hj em dia, não há mais espaço para Condes, Duques ou Barões, com seus castelos em ruínas, suas mansões decadentes na velha Londres vitoriana e seus corcéis (rocins)engalanados. Não, hj, os vampiros moram em modernos apartamentos, deveriam trabalhar (já repararam que nenhum deles trabalha, mesmo que no expediente noturno, mas não têm problemas para pagar aluguel, comprar roupas, etc?), falar gíria, ao invés do inglês carregado que fêz a glória de Bela Lugosi, e fazer compras no supermercado como qualquer vampiro, digo, cidadão que se preze. O mito de Drácula apenas envelheceu em seu invólucro exterior, mas sua figura enigmática, dúbia e sombria continua a fascinar as pessoas ao longo dos séculos. Drácula envelheceu, da mesma forma que James Bond, antes de tomar o elixir da longa vida, também havia envelhecido. Mas isso é matéria para outro post. Até!

Anônimo disse...

poxa! o livro sol da meia noite está incompleto, como faço pra adquerir ele compreto quero muito ler?