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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Marx Não é Adam Smith - O Capitalismo Ainda Vai Longe




Lendo um comentário no Facebook que me levou até uma página lá - http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=909 - vi uma apreciação das concepções econômicas de Marx e Adam Smith como iguais... Segundo o artigo, o autor d'O Capital consideraria o rendimento auferido por um produtor agrícola ao vender seu produto na feira como "salário". Marx nunca fez tal "consideração". Marx herdou o conceito de mais-valia de David Ricardo. O que é errado em Marx é a concepção de que a História deva ter um final teleológico, expresso na "abolição da propriedade privada dos meios de produção", ou seja, a substituição da formação econômica conhecida por capitalismo pelo socialismo. Mas, é tremendamente óbvio que tem de existir um excedente de produção que permite a reposição dos materiais e máquinas (depreciação do capital) e o reinvestimento para produção em escala superior à anterior. Todos estes argumentos dos Böhm-Bawerk, Vilfredo Pareto, John Bates Clark e outros menos votados foram rebatidos por Marx muitas vezes antes que alguns deles tivessem nascido. O socialismo também se propunha a apropriação da mais-valia, só que, na teoria, ela deveria ser utilizada em benefício de toda a sociedade, "de cada um de acordo com sua capacidade, a cada um de acordo com sua necessidade". O que se disse que Marx pensava, ou melhor, o que pensavam - erroneamente - que Marx pensava daria para encher uma Enciclopédia Britânica. Não só o capitalismo, mas toda sociedade precisa de um excedente, de uma mais-valia. Se se consumisse toda a produção agrícola nos tempos feudais e não se guardassem sementes para plantar a próxima safra, não haveria nova safra, muito menos gente para plantá-la, colhê-la ou comê-la, pois todos morreriam de fome. Isso - a existência de uma mais-valia - não invalida o capitalismo. Ao contrário dos estúpidos que lêem somente as orelhas dos livros de Marx, o filósofo alemão era um admirador da capacidade dinâmica do capitalismo, de sua extrema capacidade de produção e expansão aparentemente ilimitada desta capacidade. Só errava em pensar que essa capacidade de criação de riqueza traria uma "alta forma social cujo princípio básico é o pleno e livre desenvolvimento de cada indivíduo", ou seja, o socialismo. A competição, a busca do lucro é que torna o capitalismo vigoroso e uma forma sócio-econômica que nunca será substituída por uma ordem social preconcebida pelo homem. Se a chamada economia de mercado algum dia deixar de existir, será por um processo histórico como aquele que a criou, um processo mais ou menos "natural", não consciente. Uma soma de fatores não planejados que levaram à sua formação no interior da sociedade feudal.


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