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segunda-feira, 22 de junho de 2009

É Mental, Não é In Treatment


"Mental", ao contrário do que já vi escrito por aí, nada tem em comum com "In Treatment". Nessa visão, inclusive, a série é comparada desfavoravelmente com aquela estrelada por Gabriel Byrne. A nova série da Fox, apesar de apresentar a cada episódio os casos de um ou mais pacientes, não se assemelha ao enfoque da série da HBO, exceto pelo fato de ambas abordarem a temática do tratamento de doenças mentais. Há diferenças acentuadas no formato, pois em "In Treatment" a apresentação de cada caso leva cerca de 9 semanas em média, seguindo a fórmula da série israelense, Be'Tipul, criada por Hagai Levi. O programa apresenta as sessões do Dr. Paul Weston com seus pacientes e suas próprias sessões de análise no consultório de sua analista, Gina. Como diz o site da HBO: "Invadindo a mente confusa de um homem cuja profissão é aconselhar os demais, In Treatment oferece uma intricada visão sobre os profissionais nos quais confiamos para obter nossa própria perspectiva". Em "Mental", como visto, o enfoque, além da apresentação de "casos" a serem compreendidos e solucionados, mostra um médico-chefe da Psquiatria que se assemelha mais ao Dr. House, pela quebra dos padrões formais de diagnose e tratamento, sem a misantropia e melancolia da personagem interpretada por Hugh Laurie. Ao contrário, Jack Galagher é um cara "descolado", otimista incurável, que não mostra sinais de se importar com status ou dinheiro. Apenas quer usar o talento que tem para ajudar as pessoas e percebe que a psiquiatria anda demasiado "engessada" em padrões cristalizados que, muitas vezes, impedem uma melhor percepção dos problemas e, portanto, passa, em boa parte dos casos, longe das soluções terápicas ideais. Os primeiros episódios prometem, mas ainda é cedo para se dizer se "Mental" atingirá o nível de excelência de séries como "House" e "In Treatment". Veremos!


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