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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Os Brasileiros da Europa?

Mostrando um futebol que mistura eficiência e técnica, a Croácia vence bem à favorita Alemanha, confirmando a evoluçao, aqui mencionada anteriormente.
Futebolísticamente falando, sempre achei que a França jogava o futebol mais parecido com o do Brasil, na Europa, seguida de perto pela antiga Yugoslávia, porém, mostrando maior estabilidade e estrutura. Daí, a França ser bi-campeã européia e campeã mundial, em 1998 e vice, em 2006. Já, a Yugoslávia nunca venceu nada de importante. O que sempre faltou aos yugoslavos foi constância, estabilidade. Sucesso, mesmo, só com clube: O Estrela Vermelha de Belgrado, time mais popular da antiga Yugoslávia.
Ainda considero assim, apesar da má fase francesa. Uma das questãoes que ajudam a definir um time de ponta no cenário mundial é a convicção de que é um dos melhores. À França faltava, em parte, isso. Mesmo à maravilhosa geração de Platini, Tigana, Tresor, Rocheteau, Six, Fernandez e Giresse faltava essa convicção íntima. Por isso, os malogros nas semifinais das Copas do Mundo, em sua época. A virada começou com a primeira vitória na Eurocopa, em 1984. Depois, na próxima geração, o campeonato mundial de 1998, a Euro de 2000 e o vice de 2006.
Croácia e Sérvia, sendo as mais populosas e fortes ex-repúblicas daquele país eslavo, seriam as herdeiras naturais da tradição yugoslava. Porém, após a separação das repúblicas, o futebol que mais se firmou no cenário internacional foi o croata. Ainda assim, acredito que o futebol sérvio tem as condições técnicas para igualar o croata, padecendo talvez em função dos problemas políticos que a mania de supremacia sérvia sobre as demais repúblicas yugoslavas acarreta ao país (guerras anti-separatistas ou ações militares de "limpeza étnica") e não permite que o esporte nacional encontre a tranquilidade necessária ao crescimento e, principalmente, a estabilidade.
A Croácia poderá não ser, ainda, nesta edição de 2008, campeã européia, mas mostra uma evolução firme e constante, nos últimos anos, a qual, salvo alguma inesperada instabilidade intitucional no país, vai levá-la, em relativamente pouco tempo, ao grupo de elite do futebol mundial. A Sérvia, uma vez garantida a estabilidade político-institucional, também poderá evoluir, pois sempre demonstrou o potencial "genético" para isso, por assim dizer.